2 de novembro de 2010

O sistema biodigestor desenvolvido pela Embrapa tem dupla função: elimina doenças e produz adubo orgânico de qualidade

Gustavo Laredo
Ilustrações: Antonio Figueiredo




O Ministério da Saúde adverte: a falta de água tratada e de esgoto sanitário provocam diarréia, hepatite, salmonelose e cólera, doenças que resultam em cerca de 75% das internações hospitalares. No campo, a comumente usada fossa negra contamina os lençóis freáticos, fazendo da água usada pelo agricultor um veneno potente.A Embrapa Instrumentação Tecnológica, em São Carlos, SP, desenvolveu um sistema barato e eficiente para livrar o produtor dessas doenças e ainda ajudá-lo no cultivo de suas lavouras. A fossa séptica biodigestora, além de evitar a contaminação do lençol freático, produz um adubo orgânico líquido que pode ser utilizado em hortas e pomares.
A técnica é simples. Três caixas-d'água conectadas entre si são enterradas para manter o isolamento térmico. A primeira delas é ligada ao sistema de esgoto e recebe, uma vez por mês, 20 litros de uma mistura com 50% de água e 50% de esterco bovino fresco. Este material, junto com as fezes humanas, fermenta. A alta temperatura e a vedação das duas primeiras caixas eliminam os patógenos. No final do processo, o líquido está sem micróbios e pode ser usado como adubo.
Pelos estudos da Embrapa, esse tipo de sistema é ideal para uma família composta por cinco pessoas que despejam 50 litros de água e resíduos por dia. Se houver mais gente, a sugestão é colocar mais uma caixa de mil litros. Segundo o pesquisador Antonio Pereira de Novaes, o custo da fossa é de mil reais.
Para as propriedades que já estão com os lençóis freáticos contaminados, a Embrapa recomenda o uso de um clorador entre o cano de captação de água do poço e o reservatório. Isso elimina os microorganismos e garante água potável.



Técnica prevê a conexão de três caixas-d'água entre si, devidamente enterradas para preservar isolamento térmico



 uma vez por mês, acrescentar à mistura esterco e água
1. mistura com 50% de água e 50% de esterco bovino fresco
2. A água desta caixa pode ser usada para fertirrigação...
3. ... ou liberada para o subsolo, sem risco para o lençol freático.

Montagem                                                                                                
1. Para montar a fossa séptica biodigestora você vai precisar de três caixas-d'água de mil litros cada. Como ficarão enterradas, recomenda-se o uso de caixas de fibra de vidro ou de cimento, pois esses materiais suportam altas temperaturas e duram mais. Antes de cavar os buracos no solo para colocar as caixas, você vai precisar furá-las para inserir os tubos de PVC. Utilize uma serra copo diamantada de 100 milímetros para fazer os furos. Caso não tenha essa ferramenta, marque o furo usando o cano como modelo e, com uma broca de vídia, de um quarto de polegada, faça pequenos orifícios. Com uma talhadeira, finalize o buraco e depois o lime com uma grosa. Os tubos e conexões devem ser vedados com cola de silicone na junção com a caixa.
2. Cave no solo três buracos de aproximadamente 80 centímetros cada para colocar as caixas. Conecte o sistema exclusivamente ao vaso sanitário. Não o ligue a tubos de pias, pois a água que vem delas não é patogênica. Além disso, sabão e detergente inibem o processo de biodigestão.
3. Utilize um tubo de PVC de 100 milímetros para ligar a privada à primeira caixa. Para facilitar a vazão, deixe este cano com uma inclinação de 5% entre o vaso e o sitema. Para não correr o risco de sobrecarrega, não use válvulas de descarga. Prefira caixas que liberem entre sete e dez litros de água a cada vez que é acionada. Coloque uma válvula de retenção (a) antes da entrada da primeira caixa para colocar a mistura de água e esterco bovino.
4. Ligue a segunda caixa à primeira com um cano curva de 90 graus (b). Feche as duas tampas com borracha de vedação de 15 por 15 milímetros (c) e coloque um cano em cada uma delas que servirá de chaminé (d) para liberar o gás metano acumulado. Não vede a terceira caixa, pois é por ela que você irá retirar o adubo líquido. Entre as três caixas, coloque um T de inspeção para o caso de entupimento (e).
5. Caso você não queira utilizar o adubo, faça na terceira caixa um filtro de areia para permitir a saída de água sem excesso de matéria orgânica. Coloque no fundo uma tela de nylon fina. Sobre ela, ponha uma camada de dez centímetros de pedra britada número três e dez centímetros da de número um, nessa ordem, e mais uma tela de nylon (f). Depois, coloque uma camada de areia fina lavada. Instale um registro de esfera de 50 milímetros para permitir que essa água vá para o solo (g).


Fonte: http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC921359-4528-1,00.html

23 de outubro de 2010

Blairo Maggi "ecologicamente correto": Mudança real ou mero marketing?


Tem-se observado nas últimas décadas que, seja forçado por exigências legais, seja se adequando a fortes pressões externas, o setor produtivo vive um momento de transição quanto à adoção ou não de práticas de produção social e ambientalmente corretas.

Nota-se que a maioria das instituições, que hoje pratica a responsabilidade socioambiental, passou por um duro processo de aprendizagem.

Um exemplo disso é o ex-governador do MT, Blairo Maggi, recém eleito Senador, também conhecido como “magnata da soja” e grande produtor de gado bovino.
Alvo frequente dos ambientalistas, tendo recebido em 2005 o Prêmio Golden Chainsaw (Prêmio Motoserra) do Greenpeace, Blairo Maggi também é famoso pela prática do desmatamento indiscriminado.

 Em reportagem entitulada “As histórias de cidadãos reflexivos que estão tentando fazer grandes idéias verdes uma realidade” uma das revistas mais lidas do mundo, a "Newsweek", cuja capa traz a chamada “Quer salvar o planeta? Faça um hambúrguer verde – e nove outras soluções radicais". Ou seja, a “carne verde” que o nobre Senador diz produzir encabeça a lista dessas idéias ecologicamente corretas. Segundo a reportagem, o discurso atualmente do produtor é "desenvolvimento sustentável, créditos de carbono, desmatamento evitado, carne verde".

Tudo indica que sua postura está mudando (ou será só uma jogada de marketing?).

 

13 de outubro de 2010

Músicas regionais denunciam degradação ambiental

"Ainda resta uma esperança" é uma música de Tangará e Zé Viola, dupla de música "raiz" de ótima qualidade,  que chama a atenção para degradação do Rio Taquari no MS.



Seguindo em defesa da natureza e no propósito educativo a dupla "verde" Tangará e Zé Viola lança seu mais novo trabalho "QUEIMADA".  Abaixo, vídeo da música de mesmo nome, que inclusive já tem clip veiculado pela TV Morena, afiliada da Rede Globo.

9 de outubro de 2010

Busca

          By Sônia Tozzi

Disseram-me que encontraria o Senhor
No mais alto pico da montanha.
Armei-me de esperança... e saí em busca de meu Pai.

No caminho encontrei vozes que me falaram,
Mas meus ouvidos, fechados,
Fizeram-me seguir.

Luzes claras apareceram,
Mas meus olhos, cegos,
Empurraram-me para frente.

Mãos se estenderam em minha direção,
Mas não tive tempo de segurá-las,
Porque seguia em busca de meu Pai.

Ao chegar no mais alto pico da montanha,
Olhei ao meu redor... e, estranho,
Não consegui vê-Lo, Senhor!

Senti frio e medo,
Desamparo e solidão.

Vi-me só!

Entristecida, tomei o caminho de volta e,
Cansada, sentei-me à beira do caminho.

Olhando para o chão vi uma pequena flor
Que acabara de desabrochar.

Senti se perfume impregnando o ar,
Mãos fraternas acariciaram-me aquecendo o coração.

Exerguei então meu Pai ao meu lado!

Compreendi por que na minha busca
Não consegui encontrá-Lo.

Enquanto procurei-O no mais alto pico da montanha,
Deixei-O, Senhor, para trás...
Perdido nas vozes, nas luzes e nas mãos
Que cruzaram meu caminho!

Poema de Sônia Tozzi, retirado do livro psicografado por Sônia Tozzi pelo Espírito Irmão IVo, Lúmen Editorial

2 de outubro de 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos

A partir de 2 de agosto de 2010 entrou em vigor a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a qual impõe novas obrigações a governos, empresários e cidadãos a respeito do gerenciamento do lixo. 
Veja a seguir uma série de reportagens exibidas no programa "Cidades e Soluções" da Globo News:
Política Nacional de Resíduos Sólidos - Parte I
Política Nacional de Resíduos Sólidos - Parte II
Política Nacional de Resíduos Sólidos - Parte III

Ambição e ética

O consultor de empresas e conferencista Stephen Kanitz escreveu um artigo intitulado ambição e ética, que foi publicado na revista Veja, do qual extraímos algumas reflexões.

Kanitz define a ambição como sendo tudo o que você pretende fazer na vida. São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções.

As pessoas costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro, casar com uma moça ou um moço bonito ou viajar pelo mundo afora.

A mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como, por exemplo, viajar pelo mundo.

Já a ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição.

É tudo que você não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos. Como não roubar, não mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição, ou seja, é o conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão.

A maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética.

Se o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo maior.

Algumas escolas estão ensinando a nossos filhos que ética é ajudar os outros. Isso, porém, não é ética, é ambição.

Ajudar os outros deveria ser um objetivo de vida, a ambição de todos, ou pelo menos da maioria. Aprendemos a não falar em sala de aula, a não perturbar a classe, mas pouco sobre ética.

O problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo seria o contrário.

E por quê? Por que dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará nossos objetivos.

Quando percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição.

O mundo conheceu a história de uma estagiária na casa branca, que colocou a ambição na frente da ética e tirou o partido democrata do poder, numa eleição praticamente ganha, devido ao enorme sucesso da economia na sua gestão.

Não há nada de errado em ser ambicioso, desde que se defina cedo o comportamento ético.

Quando a ambição passa por cima da ética como um rolo compressor, o resultado é o que podemos acompanhar nos noticiários que ocupam as manchetes em nosso país.

Assim, para mudar definitivamente essa situação, é preciso estabelecer um limite para nossa ambição não nos permitindo, em hipótese alguma, violar a ética para satisfação pessoal, em detrimento do coletivo.

Conforme ensinou Jesus, "seja o seu falar: sim, sim, não, não". Seja em que situação for.

E se estiver difícil definir se estamos agindo com ética ou não, basta imaginar como julgaríamos esse ato, se praticado por outra pessoa.

Se o condenamos é porque não é ético. Se o aprovamos e julgamos justo, então podemos seguir em frente.

***

Defina sua ética quanto antes possível. A ambição não pode antecedê-la, é ela que tem de preceder à sua ambição.


Autor:
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado em artigo de Stephen Kanitz publicado na revista Veja do dia 24 de janeiro de 2001.

28 de setembro de 2010

Reflexões

Eu sou apenas um, mais eu ainda sou um.
Eu não posso fazer tudo, mas eu ainda posso fazer alguma coisa.
E porque não posso fazer tudo, não me recusarei a fazer algo que eu possa fazer.

By Edward Everett Hale

17 de setembro de 2010

A terra não pertence ao homem

"....a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra, isto sabemos: todas as coisas estão ligadas com o sangue que une uma família..... Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças... todas as coisas compartilham o mesmo sopro  - o animal, a árvore, o homem,  todos compartilham o mesmo sopro.  O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra.
O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo..."

(Trechos da Carta do Chefe Indígena Seatle em resposta ao Presidente dos USA que queria comprar suas terras em 1854)

12 de setembro de 2010

O Planeta quer mais

A gente estraga o Planeta
Logo, logo vem a seca!
Se vem chuva, vem demais.
Corre lixo nas ruas.
A gente não cuida
E o Planeta quer mais!

Cadê as árvores tão belas?
Natureza tão bonita?
Agora se acabou!
A gente não cuida,
Mas a vida continua.
E o Planeta quer mais!

Tem poluição no ar,
Não dá pra respirar
Tem muito lixo no chão
Que não acaba nunca mais.
As praias, o mar, os rios estão sujos!
A água se acabando,
A seca chegando.
A gente não cuida,
Mas o Planeta quer mais!

Por: Isabella Brum (9 anos)

Resenha do Filme "O Pequeno Príncipe"

O filme “O Pequeno Príncipe” é um musical baseado na obra de Antoine de Saint-Exupéry, dirigido por Stanley Donen, cuja gravação ocorreu em 1974. Em seu elenco estão Richard Kiley (piloto), Steven Warner (Pequeno Príncipe), Bob Fosse (Cobra), Gene Wilder (Raposa), Joss Ackland (Rei), Donna McKechnie (Rosa), Victor Spinetti (Historiador) e Graham Crowden (General).

O filme conta a história de um aviador perdido no deserto do Saara e um garotinho que veio de um lugar distante. O aviador, que cresceu cercado por adultos, um dia desenhou uma jibóia que havia engolido um elefante, porém os adultos diziam que era um chapéu. Por diversas vezes testou o grau de lucidez das pessoas mostrando o seu desenho e todas diziam a mesma coisa: que era um chapéu. Para ele o desenho era “uma obra-prima”, mas para os adultos era motivo de chacota. Foi assim que desistiu do sonho de ser pintor e tornou-se piloto de avião, se transformando em um adulto solitário e sem amigos. Para ele ser adulto é se corromper por poder, dinheiro, golfe e política.

Após sua aeronave ter sofrido uma pane em pleno deserto, o piloto é interceptado pelo menino que lhe pede: “Desenha-me um carneiro?” e assim o garotinho insiste até que o aviador mostrou-lhe o seu desenho. O Pequeno Príncipe então disse que não queria um elefante engolido por uma jibóia e sim um carneiro. Ele teve dificuldades para fazer o desenho, pois foi desencorajado de desenhar quando era criança. Depois de tentar várias vezes, teve a idéia de desenhar uma caixa e disse que o carneiro estava dentro dela. Para surpresa do aviador, o menino de cabelos dourados aceitou o desenho. O motivo pelo qual o Pequeno Príncipe queria um carneiro era para comer os baobás que insistiam em nascer no seu planeta, que era do tamanho de uma casa. A partir de então, o menino pergunta sem parar e o diálogo flui entre os dois. Começa, então, o relato das fantasias do Pequeno Príncipe que questiona as coisas simples da vida, o qual mora num pequeno planeta que possui três vulcões, sendo um inativo. Sua companhia é uma flor orgulhosa e vaidosa que ele cuida com todo carinho. Cansado do egoísmo de sua flor, um dia ele resolve partir em busca de conhecimento e respostas e faz uma jornada por vários planetas habitados por apenas uma pessoa (até chegar a Terra).

Em sua aventura pelas galáxias ele conhece diversos personagens inusitados, como um rei que gosta de dar ordens e que vive num planeta cheio de fronteiras, um empresário muito ocupado que só quer ser cada vez mais rico, um historiador que “inventa” histórias e um general que não conhece nada além de si mesmo.

Ao chegar a terra ele se encontra com a serpente, a qual descreve a terra como estúpida, esdrúxula e fétida, um lugar horroroso, e o incentiva a ir embora. Seguindo em sua caminhada, o Pequeno Príncipe encontra um jardim de rosas iguais à sua flor que deixou em seu planeta, mas conclui que embora existam milhares de rosas parecidas com a sua, ainda assim ela era única e especial, pois era a “sua rosa”. Mais à frente ele encontra a grande personagem da história, a raposa, com a qual aprendeu o verdadeiro sentido da palavra “cativar”. A raposa ensina ao principezinho o que é o amor e a amizade, que pode se sintetizar na frase confidenciada como um segredo: “Só vemos bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.

Por fim, o Pequeno Príncipe se encontra com o aviador que, em princípio, como qualquer adulto, havia perdido o encantamento pelas coisas simples da vida. Mas que, encorajado pelo espírito ingênuo do garoto, volta a acreditar que é possível sonhar e amar.

O filme não é somente para crianças, como aparentemente o nome sugere. É uma obra que aborda, de forma profunda, os conflitos e os desafios que o mundo adulto nos impõe.

Os personagens que o Pequeno Príncipe encontra ao longo da sua jornada o faz concluir o quanto amava a sua rosa e o quanto o seu planeta era importante.

As experiências vivenciadas pelo Pequeno Príncipe nos mostram que ao longo de nossa existência nos deparamos com diversos tipos de mazelas sociais, representadas no filme pelos personagens e seus “mundinhos” e pela serpente. Entretanto, não podemos ter medo de conhecê-las e explorá-las uma vez que cada situação vivenciada é mais uma lição aprendida, ou seja, “aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."

Dentre os personagens destacam-se o rei, que embora solitário, vive dando ordens para que ninguém ultrapasse as fronteiras, o que representa posturas extremamente autoritárias, cujas conseqüências são nefastas para a humanidade. A serpente por sua vez, representa a mentira, a maledicência, a opinião desencorajadora, a dúvida e a morte. Todos eles representam de alguma forma o mundo adulto, no qual se vive de aparências e preocupados consigo mesmo. E, quando questionados o porquê das coisas respondem: “você ainda é uma criança”, ou seja, um mundo desprovido de pureza, amor e amizade.

O filme nos faz refletir sobre o quanto nos equivocamos ao avaliar as pessoas, ao nos preocuparmos com nossas atividades cotidianas, as quais nos tornam cada vez mais solitários e infelizes. Como o aviador, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos da criança que fomos. Com o passar dos tempos perdemos a capacidade de ver além das coisas, vemos superficialmente. Pois, tudo que inicialmente parecem ser, muitas vezes não são o que pensamos nem o que vemos. Assim, o aviador aprendeu a ver além das aparências e dar valor às pequenas coisas como contemplar as estrelas, admirar a beleza de uma flor, apreciar o pôr-do-sol.

Nesse sentido a obra nos ensina que devemos mudar nossos valores, que a vida é bem mais simples do que parece, que devemos dar importância ao essencial. O mundo do Pequeno Príncipe é apresentado de forma tão pequena justamente para representar que não precisamos de muita coisa para sermos felizes.

Outra lição aprendida é a da amizade, a qual foi representada pelo encontro com a raposa. Esta ensinou ao Pequeno Príncipe que esquecemos o que é cativar, que a vida apressada nos faz esquecer as pequenas coisas da vida, que não queremos perder tempo em conquistar a amizade e o carinho das pessoas. Com a raposa aprendemos amar verdadeiramente, o amor incondicional que faz com que aceitemos o outro da forma como ele verdadeiramente é, com seus defeitos e qualidades, que só com o coração podemos ver claramente, pois o que é essencial é invisível aos olhos. O Pequeno Príncipe descobriu o quanto amava a sua rosa, apesar dos seus defeitos, e concluiu que era responsável por ela, pois a tinha cativado. Também podemos associar as lições da obra à educação ambiental. O Pequeno Príncipe ensina que a responsabilidade exigida pelo relacionamento com os outros leva a uma maior compreensão e apreciação da nossa responsabilidade com o mundo em geral. Vivemos num mundo sem fronteiras, social e tecnologicamente falando. Também é universal o amor. Só através do amor é possível haver mudanças.

As crianças aprendem o que vivenciam. Os jardins da alma infantil são férteis e receptivos aos ensinamentos que percebem nas ações dos adultos. Como o Pequeno Príncipe fazia com os baobás (que eram cortados enquanto jovens), também devemos cortar os maus hábitos desde cedo.

O amor deve ser ensinado desde pequeno, mais do que ensinar a cultivar plantas e cuidar do meio ambiente, devemos ensinar a cultivar virtudes. Entre uma conversa e outra, entre a carícia numa flor e uma erva daninha arrancada temos de plantar virtudes nos corações infantis. Também devemos manter a pureza infantil e ver além das aparências, ver com o coração, dar o exemplo, afinal não podemos dar aquilo que não temos. É mais pela observação de nossos atos que os pequenos vão formando suas próprias convicções.

O filme é de uma riqueza de aprendizado impressionante, o que o torna indicado como ferramenta para educação ambiental.

É possível ser trabalhado de forma a atingir todos os tipos de público, através de teatro infantil, jogos educativos envolvendo os personagens, oficinas de trabalhos de reciclagem, etc.

Assim, podemos concluir que só através da disseminação do respeito e amor ao próximo, o qual aqui representando tudo o que nos rodeia, é possível criar um círculo virtuoso capaz de estancar todo o mal que nós, humanos, causamos a nós mesmos e ao meio ambiente.

Autora: Marlene F. Cruz. Servidora Pública, pós-graduanda em Gestão Ambiental. 2010

8 de setembro de 2010

MS registrou 85 focos de queimadas em apenas 5 dias

Entre a sexta-feira (03) e o feriado do Dia da Independência (07), o Corpo de Bombeiros registrou 85 incêndios, entre ocorrências em áreas rurais de vegetação e casos ocorridos na área urbana, em terrenos baldios. De acordo com o comandante-geral da corporação, coronel Ociel Ortiz Elias, a chuva que chegou a cair, mesmo em pouca quantidade, em alguns municípios da região sul pode ter ajudado para que o número de incêndios não fosse maior.



Ele considera, no entanto, que não houve grande redução. Na maior parte do Estado, incluindo Campo Grande, embora a temperatura tenha diminuído bastante nesses dias e a umidade do ar tenha se elevado um pouco, a falta de chuva ainda é um componente a favor das queimadas.


A cidade do interior que teve mais casos foi Dourados, com sete ocorrências. Corumbá e Jardim tiveram seis registros. Em Aquidauana foram cinco casos, e em Coxim, três. Houve ainda dois registros nos municípios de Três Lagoas, Amambai, Paranaíba e Mundo Novo, e uma ocorrência em Naviraí.


Em Campo Grande, o balanço aponta que a maioria dos incêndios ocorreu em terrenos baldios: foram 26, do total de 49 registros. O número de casos classificados como incêndio em “campo ou pastagem” chegou a 18, e o de registros em “floresta ou mata particular”, quatro. Ou ainda mais um caso, enquadrado na categoria “diversos”.


Brigadas


Em alguns municípios, o Corpo de Bombeiros atua com a parceria de brigadistas, contratados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e treinados pela corporação. Na última segunda-feira, o Ministério do Meio Ambiente publicou uma norma que facilita a contratação de brigadistas, se for preciso, em 14 Estados, considerados em estado de emergência ambiental.


De acordo com o comandante dos bombeiros, por enquanto não há previsão de novas contratações. Já existem brigadas atuando em articulação com os bombeiros nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho e Jateí. Na unidade de Aquidauana, os integrantes do grupo brigadista estão a postos diretamente no quartel da unidade do Corpo de Bombeiros, o 1º Subgrupamento.


“Em Corumbá e em Miranda, embora não fiquem instalados juntos, a ação também é conjunta, e nós acionamos os brigadistas sempre que preciso. Mesmo onde não há uma instalação física do Corpo de Bombeiros, também trabalhamos em articulação”, diz o comandante Ociel.(Fonte: idest.com.br)

6 de setembro de 2010

Consciência Ecológica

Uma cascata fluindo branca, como uma cortina rendada; um céu repleto de estrelas, o cheiro da terra molhada após a primeira chuva, gotas que brilham em pétalas.

A natureza é um espetáculo para se contemplar em silêncio respeitoso, com o coração em prece.

Deus se mostra, majestoso, nas Suas obras monumentais.

A arte, o belo, o refinamento, a exatidão. Tudo é visível na natureza.

Por isso, um dos maiores filósofos da Terra, grafou palavras que resumem de forma completa o que representa a natureza para o homem habituado a pensar em Deus.

É de Immanuel Kant esta bela frase: "Duas coisas enchem minha alma de admiração e respeito: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim".

E diante desse espetáculo de formas, cores e perfumes, o que fazemos nós, os seres humanos?

Poluímos, matamos, utilizamos sem cuidado. Somente a poucos anos a Humanidade passou a observar que o nosso Mundo está maltratado.

A palavra Ecologia então entrou na moda, ganhou o Mundo, tornou-se sinônimo de consciência ética. Mas muitos de nós ainda estão distantes do sentimento de reverência que a obra divina deveria merecer de todos.

Florestas devastadas, rios transformados em canais pútridos, animais torturados e vendidos como mercadoria barata.

Isso nos mostra o quanto ainda estamos distanciados do ideal de amor e respeito que a obra de Deus merece.

A casa planetária - saqueada, poluída, agredida - geme sob o domínio humano. E os resultados começam a surgir, preocupantes: aquecimento global, doenças, morte de espécies.

Eis que o produto de nosso descaso se volta contra nós. Furacões, tsunamis, tufões.

Quando ocorrem as grandes tragédias, decorrentes de fenômenos naturais, o homem é a primeira vítima.

E mesmo assim, resiste em continuar cego para os sinais de que algo está profundamente errado na forma como nos relacionamos com a natureza.

Como reverter esse quadro? Como restaurar o equilíbrio?

A resposta está na palavra educação.

Essa arte de educar os caracteres é a chave para que as futuras gerações tenham uma visão mais larga sobre o papel do ser humano, como agente causador da destruição do planeta em que vivemos.

Aos homens do futuro - que hoje são crianças e adolescentes - nos cabe oferecer uma consciência mais apurada e uma noção mais plena sobre preservação do meio ambiente.

Mas... como fazer isso?

Educando-os desde hoje. Uma educação que vai além da escola formal. A educação do Espírito, que consiste em implantar novos conceitos ético-morais no indivíduo.

A educação do Espírito é completa. Não apenas o informa sobre as regras de gramática e as normas da geometria.

Fala ao homem sobre seu papel no Mundo. Educa-o para a convivência fraternal com todos os seres - humanos, animais e vegetais.

E prepara-o para cuidar do lugar que vive.

No dia-a-dia, essa educação se mostra no combate aos desperdícios de toda espécie, na economia dos recursos naturais, no respeito integral a toda forma de vida.

Um exemplo dessa consciência superior pode ser encontrado em Francisco de Assis, que amava a obra divina a tal ponto que chamava de irmãos ao sol, à lua, ao vento, à água e às estrelas.

Quem de nós poderia traduzir melhor o amor do que abraçando a natureza com palavras de amor?

Texto da Redação do Momento Espírita.
LER ORIGINAL NO ENDEREÇO: http://www.reflexao.com.br/mensagem_ler.php?idmensagem=1686

1 de setembro de 2010

Citação1

"Enriquecemos pela utilização pródiga de nossos recursos naturais e podemos, com razão, orgulhar-nos de nosso progresso. Chegou, contudo, o momento de refletirmos sobre o que acontecerá quando nossas florestas tiverem desaparecido, quando o carvão, o ferro e o petróleo se esgotarem, e quando o solo estiver mais empobrecido ainda, levado para os rios, poluindo suas águas, desnudando os campos e dificultando a navegação." Roosevelt, presidente dos USA, em 1908.